quinta-feira, 30 de outubro de 2008

FINAL CLOSURE




E aqui se acaba a minha aventura pelos blogs...
Aqui enterro a espada de conflitualidade interna, que durante muito tempo me feriu indefinidamente... Aqui morre este blog, aqui morro eu.
It´s time to upgrade myself to a newer and improved version of me, long time overdue...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

CLOSURE (PART I)


(Este post mudou de casa. Irá estar alojado no projecto Glummy. Novidades em breve).



TO BE CONTINUED...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

FREEZING EYES


Desespero... Após uma série interrupta de dias em que notoriamente nada lhe corre bem, entra numa fase de desespero. Nada do que planeia bate certo, os trabalhos por realizar nessa semana não vêem maneira de bater certo, as suas ferramentas de trabalho avariam insistentemente, os amigos não lhe retribuem chamadas e os dias tendem em mostrar-se encobertos e tristes. Dirige-se ao seu quarto, olha pela sua janela nostálgica e pinta o seu campo de visão à sua maneira, numa tentativa frustrada de escapar à realidade. A vontade de chorar aperta, mas o seu organismo não lhe permite aquela reacção de felicidade dolorosa. E deixa que a sua cabeça suavemente se encoste ao vidro da janela, desenhando a forma da sua testa esperançosa.
- Vou sair daqui, tenho que espairecer um pouco... - diz em voz alta, de modo a combater a sua preguiça e comodismo natos.
Sai de casa e dirige-se a um bar tranquilo. Senta-se no balcão e pede algo que lhe sossegue o corpo. Cabisbaixo, brinca ligeiramente com o copo, enquanto a sua mente é preenchida com inúmeros pensamentos cíclicos, que nenhuma interpretação válida lhe trazem. A concentração na sua auto-comiseração é tanta que mal sente uma mão que suavamente lhe toca no ombro. Um pouco assustado, vira-se para trás e repara numa mulher sorridente que lhe diz:
- Não o esperava ver por aqui. Já não o via há muito tempo!
Ele tenta vislumbrar a cara daquela voz doce, mas apenas consegue esboçar um desenho mental sobre como lhe parece ser aquele rosto escondido na escuridão do bar. Engole em seco e numa voz mais medida, diz:
- Nem eu esperava ver-me aqui... Peço desculpa mas não a estou a conhecer.
Ela pergunta se lhe pode fazer um pouco de companhia, e ele aceita prontamente. Convida-a para se sentar ao pé de si, e enquanto ela se coloca confortavelmente na cadeira a seu lado, ele aproveita para dar mais um trago no seu copo de whisky.
Poisa o copo levemente no balcão e limpa os lábios do sabor que resta. Lentamente, vira o seu rosto de encontro ao dela, e encontra uma cara sorridente por denotar no seu olhar o reconhecimento de uma pessoa outrora familiar. Era uma antiga cliente sua, a qual pelos vistos ainda o desarmava com o seu olhar único.
- Recorda-se de mim? - pergunta ela.
- Sim, para caras costumo ter uma boa memória. Nomes... isso é que já é problemático!
Ela relembra-lhe o nome dela, e cumprimenta-o com dois beijos na face.
- Sozinho aqui num bar a afogar as mágoas? - sorri-lhe nos olhos.
- Triste com a vida... - suspira enquanto enfia mais um trago de whisky pela goela abaixo.
- Por acaso sempre foi algo que me fez confusão. Sempre que me encontrei consigo, vi nos seus olhos um olhar muito triste e desiludido. Não pode ser. Assim não atrai energias positivas...
- Sim, estou farto de ouvir isso. Mas acho que no fundo cada um é como cada qual... As circunstâncias da minha vida, permitem-me poucos momentos de felicidade... que por vezes se tornam extremistas.
- Está assim tão mau de vida?
- Talvez não... Vivo muito de pequenas coisas... - a núvem que paira sobre a sua alma não o deixa acabar o raciocínio.
Ela notoriamente sem saber mais o que lhe dizer, mete uma mão sobre o seu ombro e a outra sobre a sua mão que não larga o copo de whisky. Ele sente-se um pouco invadido e nem sequer lhe retribui um olhar. Ela sussurra-lhe o seu nome de modo a chamar a sua atenção e diz-lhe:
- Sabe, eu quando o encontrava no seu local de trabalho, ficava sem palavras... Nunca sabia o que haveria de dizer, olhava para si e ficava sem jeito. Hoje ganho coragem para o convidar a partilhar uma sessão de cinema comigo amanhã. Infelizmente tenho que ir embora.
Ele olha para aquele olhar penetrante dela, suspira, e premeditadamente responde-lhe:
- Peço desculpa, mas vou ter que rejeitar. Não me leve a mal mas estou numa fase em que necessito de estar sozinho. Talvez noutra altura...
Ela fica notoriamente triste, e não insistindo mais despede-se, deixando para trás um rasto de descontentamento. Ele enfia o resto do conteúdo do copo no corpo, como forma de raiva por ser um indivíduo com princípios tão vincados, e uma consciência do tamanho do universo.
- É mais um whisky, faz favor!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

OPPOSITES ATTRACT

(post emigrante)

DREAM ON


"Sonha e serás livre de espírito... Luta e serás livre na vida". [Che Guevarra]

Bolas, e eu que serei o eterno sonhador...

domingo, 20 de abril de 2008

THE ABSTRACT DREAM


Durante as longas horas que o corpo lhe proporcionou de sono no dia de hoje, entre os vários delírios nos quais tenta encontrar sempre um significado, um deles destacou-se. Não só por ter sido o que mais tempo durou, ou porque acordou algumas vezes e a sua mente acabou por insistir naquela vivência utópica, mas porque simplesmente alterou todo o seu estado de espírito.
A interpretação final foi simples: O seu cérebro subliminarmente enviou-lhe a mensagem de que tudo aquilo era impossível!
E mostrou-lhe através de um sonho muito realista, de como seria se a vida seguisse aquele trajecto. E a dualidade entre o querer e o poder tornou-se uma escolha entre o abismo, e uma viagem numa núvem que o transportava dali para fora. E o sonho deixou sublinhado que uma opção daquelas o levava num caminho interminável em que no horizonte apenas se avistava a frustação, o descontentamento e a infelicidade. Sim, era verdade... e ele sabia disso!
Mas porque razão insistia em sofrer com isso? Porque razão continuava a dar esperança a algo que sabia que era impossível?

sábado, 12 de abril de 2008

ALONE


Sai de casa e vai ter com os amigos. Entre cafés e bares, lá encontram a diversão e a convivência necessária. Mas porém, nos momentos de pausa, especialmente no dia de hoje e sem saber exactamente porquê, um pensamento não lhe saiu da cabeça:

"I´m never alone, I´m alone all the time..."

quinta-feira, 10 de abril de 2008

THE CHOICE


Sai do banho, veste qualquer coisa decente e dirige-se a casa de um casal amigo, onde estava combinado um jantar. O amigo, sugere que se desloquem a uma discoteca. Diz ele que necessita sair de casa e divertir-se um pouco. Ele aceita, mesmo sem vontade de ir...
- É uma festa com música dos anos 80, pá... - diz o amigo com um brilho nos olhos. Afinal era a sua década musical preferida.
- Os anos 80 entediam-me, mas vou concerteza...
Após uma breve discussão sobre gostos musicais, incidindo sobre décadas e géneros, lá vai ele convencer a mulher de que só vai beber um copo. E lá vão os dois, rumo aos bares que antecedem a ida à Discoteca.
Chegados ao destino, uma fila enorme de pessoas aguarda com alguma ansiedade a entrada no estabelecimento. O porteiro avista aqueles dois perdidos, e conhecendo-os de vista, deixa-os entrar assim que chegam.
Lá dentro o ambiente é o de sempre. Pessoas produzidas a rigor, trocas de olhares constantes... Pouca gente dança.
- Isto é sempre a mesma coisa. Não percebo... O intuito de vir para a disco é dançar... apreciar o som! Aposto contigo que mais de 80% das pessoas não vieram ouvir música.
- Pois acredito que não. - responde o amigo.
Sem perceber qual o motivo, o amigo começa a perguntar-lhe qual o seu tipo de mulher. Indica algumas raparigas e pergunta-lhe se gosta daquele género de mulher.
- E esta? É bem boa pá! Mesmo bem feita...
- Não me diz nada.
- Hum... e aquela loira ali com aquele vestido preto?
- Nada! E parece-me ser uma pessoa muito fútil.
- Então mas afinal de que tipo de mulher gostas?
- Daquelas que me dizem algo. Tem que ter algo especial...
- Como por exemplo?
- Pode ser o olhar, o sorriso, as suas feições quando dialoga... Não te posso dizer ao certo!
- E fisicamente? O que gostas de ver?
- Hum... Também não tenho nenhum estereótipo. Não gosto de mulheres muito magras, nem muito gordas. Gosto de apreciar a beleza de uma mulher que cai no estereótipo daquelas actrizes que parecem umas bonecas de porcelana, que o corpo parece ter sido feito a papel milimétrico. Mas apenas observo... não é tipo de mulher que me atraia.
- Vês aqui alguma mulher que te atraia?
- Hum... não sei.
- Faz lá um esforço e diz-me. Olha no teu redor...
- Hum... Gosto daquela rapariga sossegada ali naquele canto. Parece-me que vive no seu mundo.
- Mas nem é muito bonita...
- Pode não ser aos teus olhos!
- E por dentro? O que te atraie nas mulheres?
- Hum... Carinho, sensibilidade, honestidade, confiança...
E ali estiveram a dialogar sobre a temática das mulheres, na companhia de cigarros e bebidas alcoolicas. Por fim o seu amigo diz-lhe:
- Não percebo porque não arranjas uma namorada. Estou habituado a ver-te sempre acompanhado com uma pessoa que representa a tua companheira no momento, e nesta fase em que estas sozinho, vejo-te triste. Acho que te iria fazer bem.
- Hum... capaz. Mas não me vou meter em algo no qual não encontro um significado no horizonte. Já o fiz noutros tempos... Relacionar-me apenas por impulsos de paixão. Agora, apesar da minha carência e da minha prisão de amor, sonho com o dia em que encontro alguém que verdadeiramente seja algo de especial para mim.
- Percebo-te. E porque te vejo triste, quando se fala sobre o assunto?
- Talvez porque já existam poucas mulheres que se encaixem na minha personalidade. Cada vez encontro menos raparigas que me transmitam algo de especial.
- Pois sim. Tu estás é muito exigente. - diz o amigo num tom meio sério.
- Não. Talvez este assunto seja para mim os anos 80. As relações mudam, mudam os costumes, os hábitos, a maneira de ver e estar perante elas... Eu aqui não mudo. Continuo a sonhar com a minha cabana de amor e dedicação... Além disso admito que sou um pouco conservador, existe alguma rectidão de pensamento da minha parte em torno dos relacionamentos e sinto que o catalisador de sucesso perante uma relação mais séria é diferente para mim... Faz-me confusão a maior parte das relações de hoje em dia.

domingo, 9 de março de 2008

END IS NEAR


Yup... Isso mesmo! Este blog está com os seus dias contados. No máximo no espaço de duas semanas, deixarei de postar aqui as minhas histórias, as minhas demências...
Até lá, tenho um ou outro post guardados na memória, que gostaria de escrever (e irei certamente), e mais um ou outro que eventualmente seja algo relacionado com estas duas últimas semanas. Tudo estará explicado no último post, no dia do seu terminus. Desde já o meu enorme agradecimento a todos os que me leram.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

IN ANOTHER PLACE


Quando por fim a notícia da sua loucura lhe chegou as ouvidos, o seu mundo desabou. Foi a sua melhor amiga, com a cara cheia de pintura borrada misturada com choro salgado, que o notificou do sucedido. Ela tinha tomado a decisão de desistir da sua própria vida. Era uma pessoa problemática, muito estranha aos olhos de toda a gente. Por detrás de uma personalidade vincadamente obsessiva, vivia uma pessoa que não sabia manter um equilíbrio no seu bem-estar. Mas tratava-se de uma luta interna, pois a sua amabilidade, a sua compreensão, e o sentimento de felicidade que causava nos que a rodeavam, contrariavam todos os pensamentos negativistas que ela possuia diariamente.
A sua melhor amiga relatou-lhe o sucedido, e a sua colega de casa onde ela estudava, rematou com os pormenores de como tudo aconteceu. Ele fica completamente dormente, naquele momento. Os seus lábios não se mexem, a sua visão torna-se turva, o coração dispara ao ritmo de um frenetismo desconsolante... O choque da notícia foi de tal ordem, que nem conseguiu derramar uma única lágrima. O seu estado de reacção passivo, incapacitara-lhe os movimentos, os sentimentos... A sua melhor amiga abraça-o, sente-lhe o corpo quase sem forças e diz-lhe antes de se despedir:
- Ela era completamente maluca por ti... - as lágrimas começam a escorrer-lhe pela face.
- Ela sofreu com a vossa separação... Eu acho que ela gostava que soubesses que não havia um dia em que ela não sonhasse em estar contigo outra vez... - suspira profudamente. Olha-o atentamente por mais uns momentos, mas ao ver as suas feições de petrificação, decide dar-lhe um beijo e ir embora.
Não sabe ao certo quantas horas ficou ali no mesmo sítio, sem reacção, até que finalmente o corpo cede de alguma maneira e ele senta-se redondo no chão. Pouco depois, consegue levantar-se e dirigir-se ao sítio mais próximo onde pudesse reflectir... E assim, senta-se num banco de jardim do Parque da Cidade, onde costumava partilhar alguns momentos de namoro com ela.
Lembra-se de como eram especiais, os pedaços de vida que partilhara com ela. E finalmente as lágrimas preenchem um sentimento de aperto tão grande, que por breves instantes, sentiu que o mundo se tornara minúsculo naquele banco repleto de memórias.
Num período de reclusão, não proferiu uma única palavra, o que preocupou os seus pais, os quais nunca souberam o porquê do seu estado. Não queria partilhar essa dor com ninguém. Só mais tarde conseguiu contar a história a um par de amigos... E quando se sentiu mais liberto, escreveu numa música dedicada a ela, o seguinte refrão:

"I´ll see you in another place... and maybe we´ll be granted with the time that we lost"

Mais tarde, já com outros músicos no seu projecto, dedica-lhe também uma música que aqui vos deixo. Um tema que há muito estava escrito numa folha de papel, guardada numa pequena caixa de recordações... C GIRL... will always remember you. Will always try to learn from this...

(Esta música faz parte da demo que vos falei num post anterior).