segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

1,2,3,4... RECORD!


Os seus tempos de músico amador estavam a chegar ao fim. Foi uma vivência e uma experiência realmente divinal. Sentia que nunca mais iria viver momentos tão intensos e ricos em emoção. E de modo a poder relembrar alguns deles, de modo a que pudesse deixar ficar o seu legado musical, decidiu gravar as suas letras... a música que se ouvia na sua banda.
Foi assim que através de um contacto de um colega de trabalho, se dirigiram a um sotão equipado com algum material de gravação, com o intuito de registarem algumas das suas músicas. Tudo teria que ser feito em duas tardes de um fim de semana. Era o único tempo que dispunham para poderem gravar...
Uma das tardes foi ocupada com a montagem do material, e alguns testes de sonoridade. Deixavam tudo pronto para o início da gravação no dia seguinte. De regresso a casa, notara que estava com alguma sensibilidade em relação às diferenças de temperatura e sentia frio. Na mesa de jantar de casa, sentia dificuldade em engolir o que metia à boca. A já habitual amigdalite que o visitava sem excepção todos os anos, estava iminente.
Acorda no dia seguinte, cheio de ansiedade pelo dia que lhe esperava, mas triste por saber que estava doente... que aquele estado, o impossibilitava de viver o momento em toda a sua plenitude.
Numa folha de rascunho, terminava à pressa algumas das suas letras, que face a sua preguiça mórbida, ainda não estavam acabadas. Pensava que por algum milagre talvez as conseguisse encaixar a tempo nas músicas, enquanto registava em audio a sua voz.
Já dentro daquele pseudo-estúdio, passava-se para uma pista a bateria do primeiro tema da gravação. Depois de todas as batidas estarem prontas, era a vez de introduzir o baixo, e finalmente a guitarra e a voz. Não havia tempo para mais nada, era tudo ao primeiro take. Se por acaso algo não ficasse ao agrado do músico, não havia volta a dar.
Por entre a inexperiência dos músicos num local de gravação, o aperto do tempo controlado, a criatividade sujeita ao complemento de músicas inacabadas, os contratempos usuais, e um registo de uma voz nasal, fruto de uma ligeira amigdalite, deixo-vos com uma música desse fim de semana.
A sua letra possui um significado de tal maneira ambíguo (ou dúbio), que é perfeitamente susceptível de ser interpretada com uma conotação menos boa. Vos garanto que a letra fala de algo bastante rico e emocionalmente bonito.

AQUI fica a música que embora controversa, foi a que mais brilhou na gravação.

4 comentários:

R. disse...

Eu já o ouvi a cantar.e gostei muito (acho que ainda não lhe tinha dito)

;)*

Beijo!

Glummy disse...

V:
Presencialmente nunca me ouviste cantar. E essa é a única maneira que vale a pena... se é que vale!

Psyco disse...

Muito boa a musica. Realmente a voz soa muito bem, na minha mais sincera opinião está ao mais alto nível esta musica.

Jo disse...

gosto do teu som.
*