quinta-feira, 30 de outubro de 2008

FINAL CLOSURE




E aqui se acaba a minha aventura pelos blogs...
Aqui enterro a espada de conflitualidade interna, que durante muito tempo me feriu indefinidamente... Aqui morre este blog, aqui morro eu.
It´s time to upgrade myself to a newer and improved version of me, long time overdue...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

CLOSURE (PART I)


(Este post mudou de casa. Irá estar alojado no projecto Glummy. Novidades em breve).



TO BE CONTINUED...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

FREEZING EYES


Desespero... Após uma série interrupta de dias em que notoriamente nada lhe corre bem, entra numa fase de desespero. Nada do que planeia bate certo, os trabalhos por realizar nessa semana não vêem maneira de bater certo, as suas ferramentas de trabalho avariam insistentemente, os amigos não lhe retribuem chamadas e os dias tendem em mostrar-se encobertos e tristes. Dirige-se ao seu quarto, olha pela sua janela nostálgica e pinta o seu campo de visão à sua maneira, numa tentativa frustrada de escapar à realidade. A vontade de chorar aperta, mas o seu organismo não lhe permite aquela reacção de felicidade dolorosa. E deixa que a sua cabeça suavemente se encoste ao vidro da janela, desenhando a forma da sua testa esperançosa.
- Vou sair daqui, tenho que espairecer um pouco... - diz em voz alta, de modo a combater a sua preguiça e comodismo natos.
Sai de casa e dirige-se a um bar tranquilo. Senta-se no balcão e pede algo que lhe sossegue o corpo. Cabisbaixo, brinca ligeiramente com o copo, enquanto a sua mente é preenchida com inúmeros pensamentos cíclicos, que nenhuma interpretação válida lhe trazem. A concentração na sua auto-comiseração é tanta que mal sente uma mão que suavamente lhe toca no ombro. Um pouco assustado, vira-se para trás e repara numa mulher sorridente que lhe diz:
- Não o esperava ver por aqui. Já não o via há muito tempo!
Ele tenta vislumbrar a cara daquela voz doce, mas apenas consegue esboçar um desenho mental sobre como lhe parece ser aquele rosto escondido na escuridão do bar. Engole em seco e numa voz mais medida, diz:
- Nem eu esperava ver-me aqui... Peço desculpa mas não a estou a conhecer.
Ela pergunta se lhe pode fazer um pouco de companhia, e ele aceita prontamente. Convida-a para se sentar ao pé de si, e enquanto ela se coloca confortavelmente na cadeira a seu lado, ele aproveita para dar mais um trago no seu copo de whisky.
Poisa o copo levemente no balcão e limpa os lábios do sabor que resta. Lentamente, vira o seu rosto de encontro ao dela, e encontra uma cara sorridente por denotar no seu olhar o reconhecimento de uma pessoa outrora familiar. Era uma antiga cliente sua, a qual pelos vistos ainda o desarmava com o seu olhar único.
- Recorda-se de mim? - pergunta ela.
- Sim, para caras costumo ter uma boa memória. Nomes... isso é que já é problemático!
Ela relembra-lhe o nome dela, e cumprimenta-o com dois beijos na face.
- Sozinho aqui num bar a afogar as mágoas? - sorri-lhe nos olhos.
- Triste com a vida... - suspira enquanto enfia mais um trago de whisky pela goela abaixo.
- Por acaso sempre foi algo que me fez confusão. Sempre que me encontrei consigo, vi nos seus olhos um olhar muito triste e desiludido. Não pode ser. Assim não atrai energias positivas...
- Sim, estou farto de ouvir isso. Mas acho que no fundo cada um é como cada qual... As circunstâncias da minha vida, permitem-me poucos momentos de felicidade... que por vezes se tornam extremistas.
- Está assim tão mau de vida?
- Talvez não... Vivo muito de pequenas coisas... - a núvem que paira sobre a sua alma não o deixa acabar o raciocínio.
Ela notoriamente sem saber mais o que lhe dizer, mete uma mão sobre o seu ombro e a outra sobre a sua mão que não larga o copo de whisky. Ele sente-se um pouco invadido e nem sequer lhe retribui um olhar. Ela sussurra-lhe o seu nome de modo a chamar a sua atenção e diz-lhe:
- Sabe, eu quando o encontrava no seu local de trabalho, ficava sem palavras... Nunca sabia o que haveria de dizer, olhava para si e ficava sem jeito. Hoje ganho coragem para o convidar a partilhar uma sessão de cinema comigo amanhã. Infelizmente tenho que ir embora.
Ele olha para aquele olhar penetrante dela, suspira, e premeditadamente responde-lhe:
- Peço desculpa, mas vou ter que rejeitar. Não me leve a mal mas estou numa fase em que necessito de estar sozinho. Talvez noutra altura...
Ela fica notoriamente triste, e não insistindo mais despede-se, deixando para trás um rasto de descontentamento. Ele enfia o resto do conteúdo do copo no corpo, como forma de raiva por ser um indivíduo com princípios tão vincados, e uma consciência do tamanho do universo.
- É mais um whisky, faz favor!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

OPPOSITES ATTRACT

(post emigrante)

DREAM ON


"Sonha e serás livre de espírito... Luta e serás livre na vida". [Che Guevarra]

Bolas, e eu que serei o eterno sonhador...

domingo, 20 de abril de 2008

THE ABSTRACT DREAM


Durante as longas horas que o corpo lhe proporcionou de sono no dia de hoje, entre os vários delírios nos quais tenta encontrar sempre um significado, um deles destacou-se. Não só por ter sido o que mais tempo durou, ou porque acordou algumas vezes e a sua mente acabou por insistir naquela vivência utópica, mas porque simplesmente alterou todo o seu estado de espírito.
A interpretação final foi simples: O seu cérebro subliminarmente enviou-lhe a mensagem de que tudo aquilo era impossível!
E mostrou-lhe através de um sonho muito realista, de como seria se a vida seguisse aquele trajecto. E a dualidade entre o querer e o poder tornou-se uma escolha entre o abismo, e uma viagem numa núvem que o transportava dali para fora. E o sonho deixou sublinhado que uma opção daquelas o levava num caminho interminável em que no horizonte apenas se avistava a frustação, o descontentamento e a infelicidade. Sim, era verdade... e ele sabia disso!
Mas porque razão insistia em sofrer com isso? Porque razão continuava a dar esperança a algo que sabia que era impossível?

sábado, 12 de abril de 2008

ALONE


Sai de casa e vai ter com os amigos. Entre cafés e bares, lá encontram a diversão e a convivência necessária. Mas porém, nos momentos de pausa, especialmente no dia de hoje e sem saber exactamente porquê, um pensamento não lhe saiu da cabeça:

"I´m never alone, I´m alone all the time..."

quinta-feira, 10 de abril de 2008

THE CHOICE


Sai do banho, veste qualquer coisa decente e dirige-se a casa de um casal amigo, onde estava combinado um jantar. O amigo, sugere que se desloquem a uma discoteca. Diz ele que necessita sair de casa e divertir-se um pouco. Ele aceita, mesmo sem vontade de ir...
- É uma festa com música dos anos 80, pá... - diz o amigo com um brilho nos olhos. Afinal era a sua década musical preferida.
- Os anos 80 entediam-me, mas vou concerteza...
Após uma breve discussão sobre gostos musicais, incidindo sobre décadas e géneros, lá vai ele convencer a mulher de que só vai beber um copo. E lá vão os dois, rumo aos bares que antecedem a ida à Discoteca.
Chegados ao destino, uma fila enorme de pessoas aguarda com alguma ansiedade a entrada no estabelecimento. O porteiro avista aqueles dois perdidos, e conhecendo-os de vista, deixa-os entrar assim que chegam.
Lá dentro o ambiente é o de sempre. Pessoas produzidas a rigor, trocas de olhares constantes... Pouca gente dança.
- Isto é sempre a mesma coisa. Não percebo... O intuito de vir para a disco é dançar... apreciar o som! Aposto contigo que mais de 80% das pessoas não vieram ouvir música.
- Pois acredito que não. - responde o amigo.
Sem perceber qual o motivo, o amigo começa a perguntar-lhe qual o seu tipo de mulher. Indica algumas raparigas e pergunta-lhe se gosta daquele género de mulher.
- E esta? É bem boa pá! Mesmo bem feita...
- Não me diz nada.
- Hum... e aquela loira ali com aquele vestido preto?
- Nada! E parece-me ser uma pessoa muito fútil.
- Então mas afinal de que tipo de mulher gostas?
- Daquelas que me dizem algo. Tem que ter algo especial...
- Como por exemplo?
- Pode ser o olhar, o sorriso, as suas feições quando dialoga... Não te posso dizer ao certo!
- E fisicamente? O que gostas de ver?
- Hum... Também não tenho nenhum estereótipo. Não gosto de mulheres muito magras, nem muito gordas. Gosto de apreciar a beleza de uma mulher que cai no estereótipo daquelas actrizes que parecem umas bonecas de porcelana, que o corpo parece ter sido feito a papel milimétrico. Mas apenas observo... não é tipo de mulher que me atraia.
- Vês aqui alguma mulher que te atraia?
- Hum... não sei.
- Faz lá um esforço e diz-me. Olha no teu redor...
- Hum... Gosto daquela rapariga sossegada ali naquele canto. Parece-me que vive no seu mundo.
- Mas nem é muito bonita...
- Pode não ser aos teus olhos!
- E por dentro? O que te atraie nas mulheres?
- Hum... Carinho, sensibilidade, honestidade, confiança...
E ali estiveram a dialogar sobre a temática das mulheres, na companhia de cigarros e bebidas alcoolicas. Por fim o seu amigo diz-lhe:
- Não percebo porque não arranjas uma namorada. Estou habituado a ver-te sempre acompanhado com uma pessoa que representa a tua companheira no momento, e nesta fase em que estas sozinho, vejo-te triste. Acho que te iria fazer bem.
- Hum... capaz. Mas não me vou meter em algo no qual não encontro um significado no horizonte. Já o fiz noutros tempos... Relacionar-me apenas por impulsos de paixão. Agora, apesar da minha carência e da minha prisão de amor, sonho com o dia em que encontro alguém que verdadeiramente seja algo de especial para mim.
- Percebo-te. E porque te vejo triste, quando se fala sobre o assunto?
- Talvez porque já existam poucas mulheres que se encaixem na minha personalidade. Cada vez encontro menos raparigas que me transmitam algo de especial.
- Pois sim. Tu estás é muito exigente. - diz o amigo num tom meio sério.
- Não. Talvez este assunto seja para mim os anos 80. As relações mudam, mudam os costumes, os hábitos, a maneira de ver e estar perante elas... Eu aqui não mudo. Continuo a sonhar com a minha cabana de amor e dedicação... Além disso admito que sou um pouco conservador, existe alguma rectidão de pensamento da minha parte em torno dos relacionamentos e sinto que o catalisador de sucesso perante uma relação mais séria é diferente para mim... Faz-me confusão a maior parte das relações de hoje em dia.

domingo, 9 de março de 2008

END IS NEAR


Yup... Isso mesmo! Este blog está com os seus dias contados. No máximo no espaço de duas semanas, deixarei de postar aqui as minhas histórias, as minhas demências...
Até lá, tenho um ou outro post guardados na memória, que gostaria de escrever (e irei certamente), e mais um ou outro que eventualmente seja algo relacionado com estas duas últimas semanas. Tudo estará explicado no último post, no dia do seu terminus. Desde já o meu enorme agradecimento a todos os que me leram.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

IN ANOTHER PLACE


Quando por fim a notícia da sua loucura lhe chegou as ouvidos, o seu mundo desabou. Foi a sua melhor amiga, com a cara cheia de pintura borrada misturada com choro salgado, que o notificou do sucedido. Ela tinha tomado a decisão de desistir da sua própria vida. Era uma pessoa problemática, muito estranha aos olhos de toda a gente. Por detrás de uma personalidade vincadamente obsessiva, vivia uma pessoa que não sabia manter um equilíbrio no seu bem-estar. Mas tratava-se de uma luta interna, pois a sua amabilidade, a sua compreensão, e o sentimento de felicidade que causava nos que a rodeavam, contrariavam todos os pensamentos negativistas que ela possuia diariamente.
A sua melhor amiga relatou-lhe o sucedido, e a sua colega de casa onde ela estudava, rematou com os pormenores de como tudo aconteceu. Ele fica completamente dormente, naquele momento. Os seus lábios não se mexem, a sua visão torna-se turva, o coração dispara ao ritmo de um frenetismo desconsolante... O choque da notícia foi de tal ordem, que nem conseguiu derramar uma única lágrima. O seu estado de reacção passivo, incapacitara-lhe os movimentos, os sentimentos... A sua melhor amiga abraça-o, sente-lhe o corpo quase sem forças e diz-lhe antes de se despedir:
- Ela era completamente maluca por ti... - as lágrimas começam a escorrer-lhe pela face.
- Ela sofreu com a vossa separação... Eu acho que ela gostava que soubesses que não havia um dia em que ela não sonhasse em estar contigo outra vez... - suspira profudamente. Olha-o atentamente por mais uns momentos, mas ao ver as suas feições de petrificação, decide dar-lhe um beijo e ir embora.
Não sabe ao certo quantas horas ficou ali no mesmo sítio, sem reacção, até que finalmente o corpo cede de alguma maneira e ele senta-se redondo no chão. Pouco depois, consegue levantar-se e dirigir-se ao sítio mais próximo onde pudesse reflectir... E assim, senta-se num banco de jardim do Parque da Cidade, onde costumava partilhar alguns momentos de namoro com ela.
Lembra-se de como eram especiais, os pedaços de vida que partilhara com ela. E finalmente as lágrimas preenchem um sentimento de aperto tão grande, que por breves instantes, sentiu que o mundo se tornara minúsculo naquele banco repleto de memórias.
Num período de reclusão, não proferiu uma única palavra, o que preocupou os seus pais, os quais nunca souberam o porquê do seu estado. Não queria partilhar essa dor com ninguém. Só mais tarde conseguiu contar a história a um par de amigos... E quando se sentiu mais liberto, escreveu numa música dedicada a ela, o seguinte refrão:

"I´ll see you in another place... and maybe we´ll be granted with the time that we lost"

Mais tarde, já com outros músicos no seu projecto, dedica-lhe também uma música que aqui vos deixo. Um tema que há muito estava escrito numa folha de papel, guardada numa pequena caixa de recordações... C GIRL... will always remember you. Will always try to learn from this...

(Esta música faz parte da demo que vos falei num post anterior).

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

GOD OF WAR


Normalmente ela queixa-se sempre. É porque ele não lhe dá atenção, está sempre distraído com os seus gadgets computacionais, raramente saem... E tem razão! Ele fechara-se muito no seu mundo, e via a sociedade como um mal necessário. Evita contacto frequente, mas sabia que lhe era requisitado em prol da sua sanidade. Tornara-se um bicho vivacional esquisito.
E manda-lhe um sermão enorme. Ele ouve com atenção e tenta não se exaltar no meio da discussão. Mas no final admite que ela tem razão. Pede-lhe desculpa e explica-lhe que a sua cabeça não pode estar parada... tem que estar ocupado com algo, senão não se sente bem... É como que uma claustrofobia...
Ela compreende isso passadas umas horas e a meio da tarde, pede-lhe para jogar um daqueles jogos que ela tanto critica. Ele fica admirado, mas depois de ela o convencer que falava a sério, foi escolher um jogo que achava que ela iria gostar. Tem uma banda sonora excelente, voice casting fenomenal, uma história envolvente e uma jogabilidade exímia. GOD OF WAR!
Ela pega nos comandos da consola de videojogos, e começa a jogar. Facilmente começa a ganhar vontade de desistir do jogo. Não consegue ainda manejar o comando com a precisão que é exígida aos jogadores, e desiste... Ele convence-a de que é um hábito, e que vai acabar por gostar bastante da experiência.
Passados uns poucos dias, ela já lhe pedia ajuda ao almoço para a ajudar com um boss. Ou porque havia um puzzle que não conseguia resolver.
Numa dessas tardes, ele sentou-se ao pé dela, e ficou a vê-la jogar, ajudando onde ela sentisse necessidade. Durante algumas horas o fez, sentado a seu lado no sofá.
Ele sentiu algo diferente. Sentiu que o seu cérebro estava ocupado, e feliz...

WAKING UP


Mais um dia em que a luz do sol, apenas começa a iluminar aquele quarto nostálgico, a partir do meio dia. Ela acorda primeiro, encosta-se a ele e deixa-se despertar com a cabeça em cima do seu peito.
- Amor, ainda tás cansado? - pergunta ela preocupada.
Ele abre ligeiramente os olhos, e deixa entrar aquela luz momentaneamente insuportável.
- Bom dia princesa. Dormiste bem? - preocupa-se com o seu bem estar enquanto suavemente lhe acaricia o cabelo.
- Claro que sim. Contigo durmo sempre com um sentimento grande de tranquilidade. E adormeço sem preocupações.
Ele fica sem fala por uns minutos, e repara no brilho dos seus olhos. Como é que aquelas pequenas palavras, conseguiam causar tão grande sentimento? E numa voz ainda melada, diz-lhe:
- Vamos fazer o almoço?
Levantam-se os dois, ele veste-lhe o seu pijama, e vão os dois preparar algo para comer. Preparam os condimentos, e metem a refeição ao lume. Ela aproveita para lavar duas peças de louça. Ele senta-se e aprecia a sua beleza... Ela vira-se para trás e repara que ele a observa.
- O que foi? - pergunta com aquele seu característico ar doce.
Ele levanta-se dirige-se a ela, e abraça-a. Segura-lhe a cara e beija-a suavemente nos lábios.
O fogão apagou e o almoço ficou esquecido...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

GLUMMY


Desta vez é que é... Vou dar início ao projecto Glummy (há muito enfiado algures numa gaveta da minha imaginação), o qual terá o seu ponto de partida no mês de Março. Com sorte e empenho, estará concluído antes de Agosto.
Este projecto consiste principalmente num album home made, com recurso a samples electrónicos, alguns instrumentos gravados directamente para uma pista do software de produção e a voz de uma pessoa "truly in gloom". Além disso, existirão algumas surpresas... Vamos ver no que isto dá.

P.S. - Já lá vão 51 horas desde a última vez que fechei os olhos. Possivelmente alterarei este texto, quando o ler. Hehehe.

Oh... and one other thing: I still have no logo (the one in this post is merely temporary). A couple of ideas, but nothing concrete. So, if anyone decides to help, I´ll apreciate the contribution. :p

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

VERSE CHORUS VERSE


E hoje as minhas palavras são as deste igualmente demente senhor. Peço desculpa pelo negativismo, peço desculpa por mostrar uma janela que deveria estar coberta de escuridão. Não é do meu agrado deixar que me vejam dentro dum frasco rotulado frágil, estando indefeso e desnudado. Mas sinto necessidade de explodir o meu sentimento em palavras... Como diria Eleanor Roosevelt - "Learn from the mistakes of others. You can’t live long enough to make them all yourself". Sim, talvez seja por isso...


Neither side is sacred
No one wants to win
Feeling so sedated
Think I'll just give in
Taking medication
Till our stomach's full
Neither side is sacred
Crawling in my hole

The grass is greener
Over here
You're the fog that
Keeps me clear
Re-inventing
What we knew
Take the time
And I'll be true
You're the reason
I feel pain
Feels so good to
Feel again

Neither side is sacred
No one wants to win
Feeling so sedated
But I can't give in
Taking medication
Till our stomach's full
Feelin' so sedated
When I'm in my hole

The grass is greener
Over here
You're the fog that
Keeps it clear
Re-inventing
What we knew
learn from history and
We will too
You're the reason
I feel pain
Feels so good to
Feel again

Oh

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

1,2,3,4... RECORD!


Os seus tempos de músico amador estavam a chegar ao fim. Foi uma vivência e uma experiência realmente divinal. Sentia que nunca mais iria viver momentos tão intensos e ricos em emoção. E de modo a poder relembrar alguns deles, de modo a que pudesse deixar ficar o seu legado musical, decidiu gravar as suas letras... a música que se ouvia na sua banda.
Foi assim que através de um contacto de um colega de trabalho, se dirigiram a um sotão equipado com algum material de gravação, com o intuito de registarem algumas das suas músicas. Tudo teria que ser feito em duas tardes de um fim de semana. Era o único tempo que dispunham para poderem gravar...
Uma das tardes foi ocupada com a montagem do material, e alguns testes de sonoridade. Deixavam tudo pronto para o início da gravação no dia seguinte. De regresso a casa, notara que estava com alguma sensibilidade em relação às diferenças de temperatura e sentia frio. Na mesa de jantar de casa, sentia dificuldade em engolir o que metia à boca. A já habitual amigdalite que o visitava sem excepção todos os anos, estava iminente.
Acorda no dia seguinte, cheio de ansiedade pelo dia que lhe esperava, mas triste por saber que estava doente... que aquele estado, o impossibilitava de viver o momento em toda a sua plenitude.
Numa folha de rascunho, terminava à pressa algumas das suas letras, que face a sua preguiça mórbida, ainda não estavam acabadas. Pensava que por algum milagre talvez as conseguisse encaixar a tempo nas músicas, enquanto registava em audio a sua voz.
Já dentro daquele pseudo-estúdio, passava-se para uma pista a bateria do primeiro tema da gravação. Depois de todas as batidas estarem prontas, era a vez de introduzir o baixo, e finalmente a guitarra e a voz. Não havia tempo para mais nada, era tudo ao primeiro take. Se por acaso algo não ficasse ao agrado do músico, não havia volta a dar.
Por entre a inexperiência dos músicos num local de gravação, o aperto do tempo controlado, a criatividade sujeita ao complemento de músicas inacabadas, os contratempos usuais, e um registo de uma voz nasal, fruto de uma ligeira amigdalite, deixo-vos com uma música desse fim de semana.
A sua letra possui um significado de tal maneira ambíguo (ou dúbio), que é perfeitamente susceptível de ser interpretada com uma conotação menos boa. Vos garanto que a letra fala de algo bastante rico e emocionalmente bonito.

AQUI fica a música que embora controversa, foi a que mais brilhou na gravação.

BEHIND THE MASK


Mais um dia de carnaval. A vontade de sair e se mascarar, não é muita... Ainda se encontra envolto em tristeza e dormência existencial. Num acto impulsivo, contraria a sua preguiça emocional, aceita o convite dos amigos para se irem divertir neste dia, e trata de orientar a sua fatiota. Pede ajuda à sua irmã, como é o habitual e tenta iludir o seu perfeccionismo de modo a que possa disfrutar do seu simples disfarce. Gosta da ideia de ter ficado completamente irreconhecível...
Junto com os seus amigos, embrulha-se no ambiente festivo e barulhento. Com a sua pacificidade natural, observa em todo o seu redor a euforia dos desvaneios fantasiados de todos aqueles que se encontram ao alcance da sua vista. Momentaneamente, deixa-se solto de tal maneira, que o seu corpo encontra-se suspenso entre os encontrões das pessoas, entre os corpos de outros que de tão juntos que estão, o seguram. Perdido nos seus pensamentos, desapercebe-se que alguém se mete com ele, esguichando-lhe àgua de uma pistola. Quando sente o seu pescoço mais frio do que o normal, olha para trás e vê alguém a dirigir-lhe atenção... e mais um tiro de àgua fria. Ele deixa-se sorrir, embora ninguém veja... a sua máscara garante-lhe o anonimato. A dela também... será que também sorri?
Ele começa a correr por enntre a multidão à procura de um sítio onde se possa esconder da sua arma. Ela continua a persegui-lo, sem lhe perder a vista, até que longe de toda aquela gente, se deparam com um beco sem saída, onde apenas os dois se encontram... O luar ilumina os seus corpos afegantes. Ela apontando a sua pistola em direcção à sua face, diz-lhe:
- Tira a máscara!
Ele abana a cabeça negativamente, e encosta-se a uma parede, tentando mostrar-se defensivo. Não sabe bem porquê, mas todo aquele momento denota-lhe algo de familiar. Ela aproxima-se dele e tenta-lhe retirar a máscara, sem sucesso... ele desvia-se com toda a força que tem. Até que depois de tanta insistência, ele acaba por ceder, e o seu rosto revela-se:
- Ah, és tu... eu tinha um pressentimento que serias tu por trás dessa máscara! - diz ela, com uma voz ligeiramente surpresa.
Ele começa a reconhecer-lhe a voz e pede-lhe que retire a sua máscara. Ela retira-a com muito cuidado, desvendando a sua identidade.
- Não acredito... - diz ele algo incrédulo.
- Estaremos nós destinados a que estes momentos floresçam cada vez mais entre nós? - pergunta-lhe ela.
- Realmente... será tudo isto uma mera coincidência? - Pergunta-se a ele próprio em voz alta.
Indefeso, observa o aproximar daquela mulher maravilhosa, ao ponto em que apenas o volume inchado dos seus fatos os separa. E ficam quietos, com um brilho nos olhos a contemplar aquele momento inacreditável. Até que ela o interrompe:
- E nesta nossa história, consideras este um momento perfeito para que te beije? - pergunta com um olhar macio.
Ele coloca as suas mãos no seu rosto, e respirando profundamente encosta os seus lábios nos dela...

sábado, 26 de janeiro de 2008

WASTEFUL DUPLICITY


As pestanas começam a abrir... preguiçosas, e a luz começa a ferir nos olhos. Por entre a sua almofada, avista a cabeça delicada da sua companheira tranquila. Não lhe parece sorridente, mas também não apresenta ares de tristeza. Olhando para os seus cabelos lindamente desarranjados, pensa nos sonhos que poderão andar por aquela cabeça viajante.
Encosta-se um pouco a ela, com o cuidado necessário para não a acordar, e lembra-se das inúmeras vezes que ela lhe tinha pedido para irem passear, sem grande sucesso. Devia estar triste com isso... Aliás, ela queixava-se mais da pouca atenção que lhe dedicava, do egoísmo que demonstrava para com ela, da falta de compreensão...
Ela acorda suavemente e repara que ele tem a cabeça encostada no seu ombro. Ele não a sente a acordar, continua embrenhado nos seus blocos assimétricos de imaginação negativista.
- Tás acordado? - pergunta susurrando.
- Acordei à pouco... - diz ainda perdido no meio de um raciocínio.
- Tou com frio... aquece-me! - diz ela sorrindo.
- Hehehe... - ri-se enquanto a abraça aconchegadamente.
Começa a pensar que hoje lhe dedicará o dia. E após uns momentos de carícia sobre a sua pele, pergunta-lhe se não se quer levantar e fazer um piquenique no parque. Está um dia lindo...
- Não, hoje quero ficar aqui contigo. Quero um dia de miminhos.
E ficam os dois perdidos no meio dos lençois, envoltos de olhares e carinho. Até que acabam por adormecer. Umas horas depois ela acorda, levanta-se e dirige-se à casa de banho. De regresso, entra no quarto e fica à porta à espera que ele lhe retribua um olhar.
- Que se passa? - pergunta ele.
- É sempre a mesma coisa. Ficas aí deitado, e nunca fzemos nada... O nosso piquenique? - diz ela num tom mais altivo. Sai do quarto e vai em direcção à cozinha. Ele levanta-se ainda enssonado, e vai ter com ela. Abraça-a pelas suas costas, encosta a sua cabeça no seu ombro e pergunta-lhe:
- O que se passa fofinha?
Ela empurra-o para trás e incendeia outra discussão infernal. Só no dia seguinte fizeram as pazes...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

BOOM


Life isn´t then
Life isn´t when
Life is this... here... now.

E esbofeteia a sua mente, pensamento após pensamento... Não consegue esquecer o seu passado, ou deixar que este não o influencie. Foram muitas as vivências marcantes, que adulteraram a sua personalidade por completo. Sonha com um futuro utópico, onde a pessoa que o vive, não é ele... é apenas um fragmento da sua imaginação. Uma nova versão do seu eu, que sabe que por mais que tente, nunca vai ser assim... Sonha com o dia em que tudo à sua volta explode e ele sobrevive com uma doce amnésia.

Yes, life is this... here... now.
But for now, I am unable to completely FEEL this.
I still live the then and the when,
I can´t seem to shake them off, for as hard as I try
I need my explosion...
Resulting on my implosion...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

INSECURE

Passara o final de tarde na piscina. Esbracejava a usa tristeza, por entre mergulhos profundos naquele local solitário. Estava sozinho... Sonhava e idealizava o acontecimento que iria decorrer naquela noite. Anseava por esse momento, sem a certeza se finalmente era desta vez que conseguiriam estar juntos. Por outro lado, receava com todo o seu ser, estar com ela nessa noite. Iria mostrar o nervosismo e timidez que faziam parte dele? Iria ela gostar da sua companhia? Iria controlar a sua impulsividade, a sua inconsequência? Iria medir as palavras proferidas, os gestos empregues na interacção entre os dois? A tantas perguntas, o seu bom senso e a sua forte consciência reforçaram a ideia de ser ele mesmo... não havia razão nenhuma para que fugisse do seu ser. Nem o medo de potencialmente assustar aquela doce rapariga. Afinal, se gostasse dele, seria pela pessoa que ele era... que ele representava.
Dirige-se ao chuveiro, onde fica a marinar debaixo da corrente de àgua quente. É um dos seus sítios preferidos para ganhar asas e voar na sua imaginação. Por vezes chega a desligar-se tanto da realidade, que o seu corpo praticamente adormece, mantendo apenas os sentidos necessários para se manter seguro... protegido.
No seu roupeiro, perde-se numa indecisão sobre qual a vestimenta que quer levar para o jantar... não é habitual. Normalmente veste a primeira coisa que apanha a jeito. Mas hoje preocupa-se com a sua imagem... quer parecer um homem delicado.
Organiza todo o material necessário para o jantar com aquele amor de rapariga e senta-se à mesa, com um cigarro numa mão e um copo de vinho noutra. Chegou a altura de esperar pela sua companhia. Ele, que sempre chega atrasado a todos os encontros, estava neste dia, mais que pontual. Respira fundo, e suspira de ansiedade... de beleza visual. O cenário estava lindo.
Espreita pelo canto do olho e vislumbra alguém que trás um vestido que dança com o vento.
- É ela... - pensa ele sossegando a sua ansiedade, acelerando o bombear do seu coração.
Um pequeno raio de luz distante, começa a desvendar lentamente a beleza dela... No final de tal apresentação inesquecível, os seus olhos ficam bloqueados nos pormenores do seu rosto, à medida que vão aparecendo. Ela é mesmo uma mulher muito vistosa, e seriamente bonita.
Chega ao pé da mesa de jantar e dá-lhe um beijo carinhoso.
- Trago fome. - diz ela com um sorriso, piscando-lhe o olho. - E a comida está com um aspecto excelente.
- Claro que está! Foi feita com carinho... - diz rindo-se e esperando que ela não o leve a sério.
Durante o jantar, pouco falaram. A fome era tanta, que devoravam a comida repetidamente servida nos seus pratos. Após alguns copos de vinho, para ajudar a disgestão, começaram a falar interminavelmente sobre pequenas coisas da vida. Recordaram alguns dos momentos mais marcantes nas suas vidas. Embora nenhum deles fosse um bom ouvinte, respeitavam-se meticulosamente nas atribuições de "tempo de antena". Naquela noite, agarravam-se a toda e qualquer palavra proferida. Estava a ser um momento muito especial.
Ela levanta-se mete a cadeira mais perto da sua, e encosta-se ligeiramente a ele. Pouco depois ele senta-se no chão e ela partilha o momento encostando-se de costas no seu peito. Após uma troca de ideias sobre o universo enquanto olhavam para as estrelas, ela faz uma pausa e diz:
- Sabes, estive o dia todo a pensar neste nosso encontro. Não conseguia fazer nada de jeito...
- Além de bonita, és simpática... começo a sentir-me deslocado. - diz ele enrolando as sílabas.
- Olha que estou a falar sério. Pensei muito nisto... E deslocado, porquê? - pergunta com uma voz curiosa.
- Porque começas a revelar-te unicamente especial. Começo a tremer só de te sentir ao pé de mim... - responde combatendo a sua timidez.
Ela vira-se para ele, mete-lhe os braços em cima dos ombros e observa-o com um olhar sério. O vento passeia nos seus cabelos... Lentamente, começa a aproximar o seu rosto do dele... mas ele desvia a cara e dá-he um abraço, encostando a sua cara nos ombros dela.
Numa voz muito macia, diz-lhe ao ouvido:
- Sonhei muito com o nosso primeiro beijo. Gostava que fizesse parte de um momento perfeito e inesquecível.
Ela observa-o em admiração e emitindo um sorriso, diz:
- És um tonto... Estamos aqui os dois vestidos a rigor, bem cheirosos, à luz destas velas de chama instável, sobre este luar desnudado, sentados na nossa manta de praia, a ouvir o barulho do mar... Nesta praia lindíssima. E eu, arrepio-me só com a tua voz. Queres mais perfeito que isto? - pergunta enquanto lhe agarra na cabeça com as duas mãos e lhe olha directa e profundamente nos olhos.
- Queira estar seguro de que sentes algo parecido com o que sinto neste preciso momento. - diz com uma voz trémula, suspirando. Durante minutos a fio, trocam olhares penetrantes, sem dizer uma única palavra. Não era preciso...

domingo, 20 de janeiro de 2008

NOSTALGIC


Backstage... os joelhos tremem, os pés mexem-se involuntariamente num ritmo desenfreado. Ouvem-se as murmuras do público que troca ideias, esperando o momento em que todas as luzes se acendem.
- 2 minutos! - anuncia o homem da organização.
Junta-se com os seus 2 companheiros daquela luta, e dão um grande abraço incentivo. Encosta-se na parede e fecha os olhos, em busca de um último momento de concentração, antes de pôr os pés naquele palco de emoções desmedidas. Relembra, com insistência, o layout da apresentação que terá que fazer, para não cometer erros...
- Tá na hora, já abri os micros... - diz Pedro, o homem do som de palco.
Muito devagar, entra dentro do palco, seguindo os seus colegas. Ouvem-se os aplausos e assobios daquela gente toda que os vinha ver. Cabisbaixo, faz os últimos arranjos ao seu material e acaba de beber a sua cerveja de golada. Já se sente mais liberto, com uma ligeira dose de alcool no sangue... o suficiente para a coragem necessária para estar naquele spotlight. Respira bem fundo, e decide olhar para o público que se encontra à sua frente, a dar-lhes atenção... São dezenas e dezenas de pessoas que ali se encontram. Meu deus! Já tinha tocado para um público maior, mas aquele... era o da sua terra natal. Eram muitos deles, seus amigos e conhecidos... Começa a tremer, os dedos não conseguem segurar devidamente a palheta que necessita para tocar. Volta a enfiar os olhos na coluna de som de retorno que está virada na sua direcção. Dirige-se ao Pedro (o homem do som de palco) e entrega-lhe o seu minidisc.
- Grava aí o concerto, por favor. Pode ser que mais tarde queira recordar... - pede gentilmente ao atarefado homem.
- Que som queres gravar? - pergunta-lhe ao ouvido.
- Pode ser o de palco. Sempre é mais limpo, e posso ouvir o público distante.
Volta para o seu poiso destinado à actuação, e usa novamente o seu truque para fugir ao nervosismo. Foca os olhos em direcção ao nariz, de maneira a que o público se torne uma enorme mancha imperceptível.
Dirige a boca ao microfone, e numa voz suave diz:
- Boa noite, somos os GLOOM!

AQUI vos deixo um tema dessa noite.

(Picture from GLOOM concert in the late 90´s)

sábado, 19 de janeiro de 2008

BREAKFAST


Ainda perdido no seu sonho, ouve uma voz suave às portas do seu mundo dizendo:
- Fofinho, está na hora... temos que nos levantar.
Como sempre, o seu sonho estava prestes a atingir a fase de interpretação final do seu delírio... mais uma vez não conseguia levar aquele até ao fim.
- Bom dia princesa... - responde ainda bocejando.
- Bom dia preguiçoso... por onde andavas tu? - pergunta com um sorriso matreiro nos lábios.
- Sonhava com as possibilidades do infinito, com o poder da mente... hehehe.
- Pois sim... comigo é que nunca sonhas, não é meu rechonchudo? - olha-o de lado e dá-lhe um beliscão.
- Contigo, sonho sempre acordado... E sim, já sonhei muitas vezes contigo enquanto dormia. És uma tonta. Vou preparar o pequeno almoço... venho-te trazer aqui na cama. O que queres? - pergunta preocupado e curioso.
- Quero-te a ti... vem cá!

sábado, 12 de janeiro de 2008

OBSESSION


Agora que vivo sem ti,
Sem o teu cheiro,
Os teus lábios,
Os nossos beijos flutuantes,
O palpitar do teu coração sentido no meu corpo,
A tua doce voz,
O teu olhar revigorante,
A segurança insegura que me provocas,
O teu toque suave,
As tuas mãos macias,
O teu carinho apaixonado,
O teu ciúme que pacifica o meu ser,
O enrolar dos nossos corpos,
O calor incomodativo que me provocas ao adormecer,
A confusão desarranjada dos nossos lençois ao acordar,
Penso...

Onde vou encontrar novamente a tua obsessão?
Onde vou viver novamente o teu ciume doentio?
Onde vou ter uma pessoa sempre disponível, sempre ao meu lado?
Onde vou esperar tão fiel seguidora?
Onde vou depositar este enorme carinho que todos os dias me sai do corpo?
Onde vou reviver dias sem fim numa linda cabana de amor?
Onde?
Onde está a minha esperança...?
Onde está a minha crença?
Onde está a minha segurança?
Onde quer que esteja essa nova versão de tudo isto... eu estou aqui!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

ENDORPHINS


I am my own parasite
I don't need a host to live
We feed off of each other
We can share our endorphins

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

WOLVES

She looks into his eyes and says:
- There are two wolves fighting in every man´s heart... One is love, the other is hate.
- Which one wins? - he asks.
- The one you feed the most!

Pathfinder

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

THE DIFFERENCE


Completamente descontextualizado do assunto que falavam, um amigo faz uma pausa para um olhar sério, e diz:
- És um gajo diferente, pá! Completamente! De tudo e de todos que alguma vez conheci... - balbuceia ele, enquanto segura a sua garrafa de cerveja, apertando-a perto do limite em que ela se parte.
- Hum... - fica surpreso e não consegue articular nenhuma palavra, até que a sua insegurança lhe transmite uma ordem comunicativa - Isso é bom ou mau? - articula com algum receio.
- Pá... ambos! A parte negativa é que te maltratas muito... - enfia mais meia garrafa de cerveja pela goela abaixo. - A positiva nem sei por onde comece... - abre os braços e acena com a cabeça em sinal de negação. Era um amigo de longa data... conhecia-o desde os seus 15 anos. Nessa altura passavam muito tempo juntos... eles e mais um grupo assíduo. Mas nunca tinha feito um comentário daquele tipo.
Jason fica de olhos abertos, com o seu indicador esquerdo a tocar levemente nos lábios, à espera que o seu corpo reaja de alguma forma.
- Hum... Vamos mamar finos! - Diz Jason, terminando com uma erupção de gases que lhe sai pela boca.
Ficou sem saber se algo daquilo tinha sido sentido, se servira como um reforço, uma bengala ao seu estado de espírito, ou se era apenas uma chapada para acordar para a vida. Mesmo assim, apreciava aquela simpatia...
Sentiu que no lado negativo, identificara-se muito com o que o amigo lhe dissera... muito! E nesse encaminhamento de raciocínio, momentaneamente sentiu-se mal por não ter conseguido até hoje contrariar a pessoa que vê reflectida nos espelhos...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

EMOTION SICKNESS


Mais um dia que passa... Mais algumas dezenas de minutos inúties a vaguear em pensamentos de autocomiseração. O único efeito causado pela digestão de quantidades desproporcionadas de álcool, é o desvaste no seu orçamento... e o desfigurar da forma do seu corpo. Porém, conseguiu de alguma maneira iludir a sua tristeza, com pequenas doses de euforia injectadas através do bom vinho que bebe... da cerveja, da vodka... tudo serve! Até mesmo a desculpa de se encontrar numa época festiva, que também lhe serve de pausa ao ingerir dos químicos que o costumam manter balanceado... hum... balanceado...
Como bom observador que é, repara em todos os pequenos pormenores inerentes da vivência das pessoas que o rodeiam. E até mesmo as pequenas coisas o conseguem irritar... farta-se de atitudes mesquinhas, idiotas, egoístas. Sim, o egocentrismo vive no sangue da nossa sociedade... São seres selectivos, estes àvidos tristes que procuram encher o seu ego sem limites, sem uma fronteira visível. Sem olhar a meios, nem a fins... Respeitar o próximo? Para quê? E todos se julgam boas pessoas. Mas o preocupante é que tais ignorantes conseguem deitar a sua pesada cabeça na almofada, e dormir tranquilamente com um sorriso na boca, toda a noite. É o poder da desconsciêncialização!!! Mágico, este...
Na sua atitude pacífica, engole comentários e atitudes que a si se dirigem de uma completa inconsequência. E deixa que os seres que tomam este tipo de iniciativas, se julguem possuidores de algum tipo de poder de persuasão... deixa que momentaneamente se considerem dignos de uma certa superioridade. E entende que não vale a pena mandar uma chapada de luva branca. Para quê, dar-se ao trabalho? Fazer como os demais que se chateiam, revoltam, retaliam... por tudo e por nada? - E assim se inicia um momento de raiva adormecida... que no final consegue esboçar um sorriso. Um sorriso que cheira a ironia...
Senta-se e ri-se enquanto repara na competitividade imposta na maior parte das atitudes das pessoas, enquanto supostamente socializam. Até naqueles momentos em que toda a gente gostava de ser o centro das atenções se rivaliza... E eminentemente tarda o momento em que se puxam os galardões das posses e dos feitos... Abana a sua cabeça em descontentamento.
Não há volta a dar... O bom senso começa a estar associado a um ganho susceptível. O seu bom senso face isto tudo? Mete-se na cama, ouve a chuva a cair lá fora acompanhada por uma voz linda que transmite palavras que lhe são muito conhecidas, e decide voltar aos químicos. Meia dúzia de comprimidos, um copo com vasta água e enche novamente o estômago com aqueles tolerantes de vida...


Erupt again ignore the pill
And I wont let it show
Sacrifice the tortures
Orchestral tear cash-flow

Increase delete escape defeat
Its all that matters to you
Cotton case for an iron pill
Distorted eyes
When everything is clearly dying

Burn my knees and
Burn my knees and
Burn my knees and
E-motion sickness
Addict with no heroine
E-motion sickness
Distorted eyes
When everything is clearly dying

Burn my knees and
Burn my knees and pray
Burn my knees and
Burn my knees and pray
[all my friends say]
Get up get up get up get up
Get up get up get up
Wont you stop my pain

E-motion sickness
[to idle with an idol]
Addict with no heroine
Good things will pass
It helps with excess access
Lessons learnt

E-motion sickness
[lost no friendship]
[corrosive head pollution]
Lessons learnt