sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

GOD OF WAR


Normalmente ela queixa-se sempre. É porque ele não lhe dá atenção, está sempre distraído com os seus gadgets computacionais, raramente saem... E tem razão! Ele fechara-se muito no seu mundo, e via a sociedade como um mal necessário. Evita contacto frequente, mas sabia que lhe era requisitado em prol da sua sanidade. Tornara-se um bicho vivacional esquisito.
E manda-lhe um sermão enorme. Ele ouve com atenção e tenta não se exaltar no meio da discussão. Mas no final admite que ela tem razão. Pede-lhe desculpa e explica-lhe que a sua cabeça não pode estar parada... tem que estar ocupado com algo, senão não se sente bem... É como que uma claustrofobia...
Ela compreende isso passadas umas horas e a meio da tarde, pede-lhe para jogar um daqueles jogos que ela tanto critica. Ele fica admirado, mas depois de ela o convencer que falava a sério, foi escolher um jogo que achava que ela iria gostar. Tem uma banda sonora excelente, voice casting fenomenal, uma história envolvente e uma jogabilidade exímia. GOD OF WAR!
Ela pega nos comandos da consola de videojogos, e começa a jogar. Facilmente começa a ganhar vontade de desistir do jogo. Não consegue ainda manejar o comando com a precisão que é exígida aos jogadores, e desiste... Ele convence-a de que é um hábito, e que vai acabar por gostar bastante da experiência.
Passados uns poucos dias, ela já lhe pedia ajuda ao almoço para a ajudar com um boss. Ou porque havia um puzzle que não conseguia resolver.
Numa dessas tardes, ele sentou-se ao pé dela, e ficou a vê-la jogar, ajudando onde ela sentisse necessidade. Durante algumas horas o fez, sentado a seu lado no sofá.
Ele sentiu algo diferente. Sentiu que o seu cérebro estava ocupado, e feliz...

2 comentários:

Psyco disse...

De certeza que ficou agarrada, mentes inteligentes identificam jogos geniais.
Temos de nos saber adaptar ás situações e ninguém deve ficar prejudicado.
Este é o lado bom das relações, uma partilha constante de experiências e gostos que quando apreciados pela cara metade nos desperta um sentimento inexplicável.
Algo que adoraria experimentar.

Um abraço fica bem.

Abssinto disse...

Para que os jogos de computador sirvam para algo mais que entretenimento...